quarta-feira, 25 de maio de 2011



Estava deitada na cama e uma lágrima escorre-me do olho… Fechei os olhos e agarrei-me à almofada.

(..)
- Tem calma. Ele vai voltar, prometo-te.
- A partir de hoje já não quero que ele volte.
- mas tu ama-lo tanto, e gostas tanto dele, não te percebo…
- cresci e tomei uma posição. Agora que finalmente deixei de esperar, deixei de sentir e já me controlo… Reconstruída e completamente sem quaisquer parecenças ao meu antigo eu. Não, não quero que ele volte. Ele apenas destruiu o meu mundo, todos os obstáculos que eu passei, todas as dificuldades que enfrentei… Ele destruiu o meu passado, o passado que tu, meu amor ajudas-te a construir, que os meus pais construíram. É tarde demais. Eu sou uma nova mulher, não vim desde pequenina, não. Sou uma adulta que não estabelece relações com ninguém, não confia e acima de tudo não se abre, nem mesmo contigo. A minha vida está escrita num papel. Vou acordar todos os dias, vou estudar bastante e terei média de 18,5 o que me possibilitará para ir para medicina e tirar um bom curso, ver como as pessoas morrem e como a minha foi tão diferente. Depois, vou ter uma reforma confortável e um dia adormecerei e não acordarei. E então, nesse momento eu poderei renascer de novo, noutra era, diferente desta espero.

(..)

 Acordei repentinamente, levantei-me da cama e despedi-me de todos os que gostava e fiz como o meu sonho me transmitiu. Porque, na verdade os sonhos são pequenas mensagens, correcto? ´

Sofia magalhães

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