terça-feira, 19 de julho de 2011

" DEIXA-ME VIVER "



Agora. Neste momento. Sem quaisquer defesas, sem armas. Eu peço que saias. Peço que partas da minha vida, que me deixes viver. Deixa-me solitária, voa sem mim. Despega-te. Não aguento mais ter-te sempre preso a mim. Com toda a minha força, com todas as forças que me restam de todas estas batalhas constantes contigo, comigo eu imploro-te DEIXA-ME VIVER! Deixa-me sair do teu mundo, deixa-me olhar para uma arvore sem me lembrar de ti. Deixa-me ser só eu sem ti. Sai fora de mim. O meu coração está constamente a falhar-me. Tu apareces a toda a hora e o meu coração volta a deixar escapar uma batida, isso faz-me vulnerável e dependente de ti. Eu considero-me louca. Eu falo contigo como se ainda estivesses presente. Choro a todo o tempo. Oiço vozes, recordo-te como meu e eu nem te quero! Odeio-te por me teres sujeitado a tal estado de plena loucura. Não sei se sempre foi este o meu estado natural, ou se é apenas porque ainda não me habituei à tua ausência física, porque jamais partirás de outra forma. Mas se não partires completamente vou ter de aprender a viver contigo dentro de mim, com esta parte tua que tu deixas-te sem te aperceber e que se revolta dentro de mim, dentro deste corpo meio inacabado, com alma solta, que tenta encontrar dentro do nada. Esta parte tua que se sente perdida, que te procura e que ficou presa em mim.

*não sei se isto é real, ou é só a minha cabeça. Mas não interessa. Afinal quem disse que o estava na cabeça não era real? *

sofia magalhães

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